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Existem inúmeras tonalidades dentro dos vinhos brancos rosés e tintos, e o vinho laranja nada mais é do que um vinho branco cujo contato das cascas com o mosto no processo de maceração é bem mais longo, originando essa cor mais viva e maior estrutura, inclusive com maior percepção tânica em boca.

Os italianos – maiores produtores de laranjas do mundo – o chamam de âmbar. O termo orange wine foi criado pelos americanos e bem recebido pelo comércio mundial pelo que é o mais utilizado.

Os meus queridos portugas o chamam de vinho de curtimenta, exatamente porque as cascas ficam ali em contato com o mosto “curtindo” e acrescentando texturas e sabores ao vinho.

Um bom exemplo de um vinho de curtimenta é esse aí de baixo, com alguns toques oxidativos que me lembraram um bom Jerez. É elaborado pela Roquevale e importado para o Brasil pela Adega Alentejana (https://www.alentejana.com.br/):

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O primeiro laranja que provei, no entanto, foi o Gravner Breg (vinho da nossa foto de destaque), safra 2005, elaborado com as uvas Chardonnay, Pinot Gris, Riesling Itálico e Sauvignon Blanc. Obra do enólogo que reavivou a tradição da enologia em ânforas, Josko Gravner (e que apesar do nome é italiano, da região de Friuli) é misterioso e elegante. Tem no nariz frutas secas com alguns toques de tomilho, mineralidade acentuada e uma incrível preservação de jovialidade (apesar da carinha e da idade) que me surpreendeu.

Josko Gravner desenvolveu, inclusive, um tipo de copo baixo para degustar seus vinhos de ânfora, mas que ainda não estão disponíveis no Brasil para venda. Na tentativa de reproduzir a sensação que tal copo proporciona, provei utilizando copos de whisky. Particularmente preferi degustá-lo em taça, onde os aromas se preservaram por muito mais tempo. A vantagem do copo baixo – além do charme – é o ataque inicial de aromas que tornam o vinho mais apetitoso.

Outra opção entre os laranjas – e com um custo bem mais baixo para quem ainda está receoso em prová-los – é o chileno De Martino Viejas Tinajas, 100% Muscat, safra 2012 que também é envelhecido exclusivamente em ânforas de argila.

Na taça é realmente quase laranja, turvo. No nariz, um toque de casca de laranja e doce compotado, mas na boca chega a parecer salgado. Provei acompanhando queijos duros, mas arriscaria com um peixe (quem sabe de rio) gorduroso.

Se quer provar um laranja ainda mais diferente, minha dica é o Cacique Maravilla! Fácil de tomar, descomplicado, alto astral tal qual seu mentor.

Dos laranjas que provei foi o mais fácil de curtir, sem pensar demais. Aromas de pêssego que se confundem com outros terrosos, tudo sutilmente alinhado. A cor é linda!

E aí? Curtiu as sugestões? Acho que vale conhecer mais a fundo essa opção, não é?

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